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R$ 6,40 -1.48%
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Solana - SOL
R$ 781,56 3.78%
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MANA (Decentraland) - MANA
R$ 2,30 -0.59%
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Redação Redação
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No início de 2024, os fundos de investimento à vista em Bitcoin foram lançados nos Estados Unidos. Conhecidos como ETFs, esses instrumentos são negociados nas bolsas e corretoras tradicionais, simplificando o acesso para este perfil de investidor. 

Essa mudança representa um marco na integração do Bitcoin ao mercado financeiro. Alguns analistas apontam , inclusive, que foi este o catalisador para a máxima histórica do Bitcoin em março de 2024.

Descubra agora o que é um ETF à vista de Bitcoin, suas vantagens, desvantagens e considerações tributárias.

O que é ETF?

Exchange-traded fund (ETF), ou fundo de índice negociado em bolsa, é um veículo de investimento cujas cotas são transacionadas nas bolsas de valores tradicionais. Através desse instrumento único, que negocia de maneira semelhante às ações de empresas, o detentor ganha acesso a diversos mercados de forma simplificada.

Entre suas vantagens está a capacidade de integrar diferentes classes de ativos. Isso amplia o acesso a esses ativos para investidores que, de outra forma, não poderiam investir diretamente.  Exemplos incluem restrições regulatórias dos fundos a determinadas classes de ativos ou a limitação de investir somente em ativos negociados em bolsas de valores. 

De forma resumida, o investimento no ativo-fim ocorre de forma indireta, proporcionando acesso a um público mais amplo.

Como funciona um fundo ETF?

Para facilitar o entendimento, imagine o ETF como uma ação de empresa negociada em bolsa, como Petrobras ou Lojas Renner. A diferença é que o ETF é uma empresa sem funcionários, galpões ou produtos, servindo apenas como uma holding para aquisição do ativo-fim.

Na prática, essa empresa, negociada por meio do ETF, pode comprar uma variedade de classes de ativos, como ouro, imóveis, ações de empresas chinesas, criptomoedas, títulos de dívida, entre outros. No entanto, tudo que o investidor final compra e vende são cotas do fundo ETF negociadas na bolsa de valores.

Além de facilitar o acesso ao público através da negociação de pequenas frações do ativo-fim, o ETF está sujeito à mesma regulação do mercado de ações. Isso permite seu uso como depósito de garantia em operações e compensação de perdas em ativos da mesma classe para efeitos tributários.

Quais os maiores ETFs do mundo?

As cestas que replicam o desempenho do S&P 500 lideram esse segmento. Composto pelas 500 maiores empresas listadas nos EUA, esse índice inclui participação relevante das gigantes de tecnologia Google, Amazon, IBM, NVidia, Apple e Microsoft. Seria injusto fazer uma comparativo com o ETF do Bitcoin, pois este representa um único ativo.

Os maiores ETFs do mercado acionário norte-americano incluem o SPDR (SPY), iShares Core (IVV) e Vanguard 500 (VOO), representando uma classe de ativos que supera os U$ 40 trilhões em valor de mercado. Comparativamente, o mercado europeu, medido pelo índice MSCI Europe e composto por 424 empresas, totaliza U$ 10,7 trilhões.

Em segundo lugar em valor de mercado no ranking ETFs encontram-se as ações de empresas globais excluindo os EUA, representadas pelo Vanguard FTSE Developed Markets (VEA) e iShares Core MSCI EAFE (IEFA). Em terceiro lugar ficam os fundos de títulos de Renda Fixa norte-americanos, Vanguard Total Bond Market (BND) e iShares Core U.S. Aggregate Bond (AGG).

Que outras classes de ETFs existem?

Além dos ETFs que investem em ações, criptomoedas e Renda Fixa, existem outras classes que proporcionam diversificação e exposição a diferentes setores. Por exemplo, os ETFs de commodities, como o iShares Gold Trust (IAU), rastreiam o preço do ouro, enquanto o Invesco DB Commodity (DBC) acompanha uma cesta diversificada de bens de produção duráveis. Segundo dados do site Gold.org, o valor de mercado dos ETFs de ouro totaliza U$ 218 bilhões.

Os ETFs de volatilidade também ganharam destaque, como o iPath S&P 500 VIX Short-Term (VXX), vinculado à variação média do mercado acionário. Por fim, o Schwab US Reit (SCHH) replica o índice de Fundos de Investimento Imobiliário norte-americano, englobando empresas com exposição direta e indireta a propriedades, incluindo galpões, shoppings, escritórios, residências e salas comerciais.

Quais os maiores ETFs no Brasil?

De acordo com dados de fevereiro de 2024 do site etfsbrasil.com.br, o iShares Bovespa (BOVA11) lidera na bolsa brasileira, replicando o índice do mercado acionário, surgido do IT Now Ibovespa (BOVV11). Na terceira posição temos o iShares Small Cap (SMAL11), cuja cesta segue o índice de ações excluindo as 85% empresas com maior valor de mercado.

Fora da classe de ações de empresas, temos o IT Now ID IMA-B (IMAB11) e o IT Now IMA-B5+ (IB5M11), ambos focados em títulos de dívida emitidos pelo governo. É importante lembrar que, apesar de serem ETFs de Renda Fixa, para efeitos tributários, são considerados de Renda Variável, sendo cotas de fundos negociados em bolsa.

Existe ETF de Bitcoin?

Sim, o ETF à vista de Bitcoin começou a ser negociado nos EUA em 11 de janeiro de 2024, embora já estivesse disponível no Canadá e no Brasil desde 2021. A mudança significativa foi a entrada de grandes gestores de fortunas, incluindo BlackRock e Fidelity, como emissores desses fundos.

Tanto no Brasil quanto no Canadá, existem ETFs que incluem outras criptomoedas, como o Ethereum (ETH). Nos EUA, o Bitcoin segue como única criptomoeda com aprovação para ETF à vista (spot), porém a aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC) conferiu mais legitimidade às criptomoedas.

É importante observar que regiões como Europa e Ásia ainda não têm ETFs de Bitcoin, contando apenas com Trusts e ETNs, que perdem para o ETF em termos de conversibilidade e regulação. Em resumo, o ETF é mais eficiente, seguro e transparente em comparação com outras modalidades de exposição indireta ao ativo.

Quais os maiores ETFs de criptomoedas?

Nos 2 primeiros meses e meio de existência, alguns ETFs à vista de Bitcoin alcançaram cifras impressionantes nos EUA. O líder é o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), que negociava na bolsa no formato de Trust desde 2015, atualmente com U$ 23,8 bilhões sob gestão, número que representa 41% do mercado nos EUA. Este fundo teve um grande volume de resgate ao optar por cobrar uma taxa de administração muito maior que seus concorrentes.

Em segundo lugar temos o iShares Bitcoin (IBIT) gerido pela BlackRock nos EUA, com U$ 17,3 bilhões sob gestão, seguido do Fidelity Wise Origin (FBTC) com U$ 10 bilhões. Mais abaixo temos o ARK 21Shares (ARKB) com U$ 2,9 bilhões e o Bitwise Bitcoin (BITB) com U$ 2,2 bilhões. No Brasil, o destaque é o ETF Hashdex Nasdaq Crypto Index (HASH11), alocando mais de 95% dos recursos em Bitcoin e Ethereum, com U$ 550 milhões sob gestão.

O ETF de Bitcoin nos EUA causou a alta do Bitcoin?

O sucesso do ETF de Bitcoin à vista nos EUA é considerado por analistas como o principal catalisador da máxima histórica atingida em março de 2024. No entanto, outros fatores também podem ter contribuído, incluindo dados inflacionários nos EUA acima do esperado e o aumento da taxa de juros no Japão pela primeira vez em 17 anos. 

Na realidade, é impossível determinar exatamente quais fatores resultaram na alta do preço do Bitcoin, determinado exclusivamente pelo interesse de compradores e vendedores a cada momento. Por exemplo, o halving do Bitcoin, previsto para abril de 2024, é apontado como vetor de valorização, pois o evento reforça sua política monetária rígida e previsível.

Vantagens do ETF de criptomoedas

Pode parecer desnecessário ter um fundo ETF cujo único objetivo é comprar Bitcoin e criptomoedas, no entanto, existem alguns diferenciais interessantes ao oferecer o investimento em criptomoeda através de cotas negociadas em bolsa de valores.

Acessibilidade

Qualquer investidor pode comprar ETFs em corretoras tradicionais, onde são negociadas as ações de empresas, incluindo homebroker. Outra vantagem é que o fundo geralmente possui um valor unitário de negociação baixo, tornando o investimento simples e acessível.

Diversificação

O ETF à vista de criptomoedas permite que investidores do mercado tradicional ganhem exposição a uma nova classe de ativos com vetores de crescimento e riscos distintos das ações de empresas, imóveis e títulos de dívida. Nesse sentido, o Bitcoin e as criptomoedas se destacam pela previsibilidade de oferta.

Gestão passiva

Ao oferecer cestas com diferentes criptomoedas, o fundo ETF permite o rebalanceamento automático conforme índices, evitando o trabalho e risco de negociação por parte do cliente. Na prática, um único ETF pode contar com dezenas de criptomoedas em suas reservas.

Custódia segura

Entre as exigências dos reguladores está o uso de custódia terceirizada previamente autorizada, proporcionando mais segurança para investidores que optam pela exposição indireta às criptomoedas. Em suma, o emissor é obrigado a seguir normas que trazem segurança ao investidor.

Conversibilidade

O ETF oferece um modelo de resgate que garante a paridade da cota negociada na bolsa de valores com o valor proporcional do ativo-fim. Esse mecanismo de entrada e saída do investimento evita discrepâncias de preço com as criptomoedas contidas na cesta.

Como funciona a negociação do ETF de criptomoedas?

A negociação de exchange-traded funds (ETFs) no Brasil segue características semelhantes ao mercado de ações, mas possui algumas peculiaridades.

Dias e horários de negociação

A negociação de ETFs ocorre na bolsa de valores durante o horário regular, apenas em dias úteis. De maneira similar, os ETFs de Bitcoin e criptomoedas no Brasil podem ser negociados no after market, respeitando os limites e normas da bolsa.

Prazo para liquidação

O processo de liquidação de uma operação de ETF segue o mesmo padrão do mercado de ações, ocorrendo dois dias úteis após a realização da operação. Vale destacar que, para a compra de ETFs, as corretoras de valores geralmente exigem o depósito dos reais (R$) no mesmo dia da operação.

Tributação

O ganho de capital obtido na venda de ETFs está sujeito à tributação, idêntica ao mercado de renda variável, com alíquota de 15% sobre o lucro obtido. Importante notar que a responsabilidade pelo recolhimento do imposto é do investidor.

Declaração no IRPF e IRPJ

Todos os ganhos de capital, incluindo os provenientes da negociação de ETFs, devem ser declarados no Imposto de Renda. Recomenda-se consultar a legislação fiscal em vigor ou buscar orientação de um profissional de impostos.

Desvantagens do ETF de criptomoedas

Embora ofereça praticidade ao investidor do mercado tradicional, o ETF possui desvantagens e custos, nem sempre sendo o veículo mais indicado para comprar Bitcoin e criptomoedas.

Fim da isenção nas vendas

Vendas mensais de até R$ 35 mil em criptomoedas por pessoas físicas são isentas de impostos, abrangendo toda essa classe de ativos. Essa característica não se aplica aos fundos de investimento, mesmo que o ativo-fim do ETF seja exclusivamente Bitcoin e criptomoedas.

Mensos oportunidades de negociação

O investidor do ETF de criptomoedas fica limitado aos dias e horários de negociação da bolsa de valores, enquanto o ativo-fim continua a oscilar de preço nas corretoras de ativos digitais (exchanges). Em suma, o ETF tende a apresentar menos oportunidades de compra e venda em comparação ao investimento direto.

Taxas e custos

Os detentores do ETF arcam com o custo do administrador do fundo para aquisição do ativo-fim, incluindo custódia, auditoria e publicação de balanços. Além disso, há uma taxa de administração, cobrada anualmente, independentemente da performance do fundo.

Propriedade indireta

Ao investir indiretamente por meio do ETF, o investidor perde as qualidades essenciais da criptomoeda, como a capacidade de verificar seus saldos sem depender de terceiros. Outro benefício perdido é a possibilidade de auto-custódia, ou seja, guardar o ativo em sua própria carteira digital (wallet).

Remuneração de depósitos

No modelo de aquisição direta o investidor fica livre para usar suas criptomoedas no depósito remunerado na validação (staking) e outras atividades de remuneração na área de finanças descentralizadas (DeFi). No Mercado Bitcoin você faz staking de Ethereum e recebe até 4% ao ano em moedas ETH.

Vale a pena investir em ETF de Bitcoin e criptomoedas?

Na prática, o ETF à vista de Bitcoin proporciona acesso a investidores que não podem diretamente investir em criptomoedas, seja por razões regulatórias ou restrições do próprio veículo. Essas limitações são comuns em fundos de pensão e alguns gestores de grandes fortunas, tornando o ETF vantajoso ao permitir que mais investidores tenham exposição ao Bitcoin e às criptomoedas.

Contudo, essa estratégia acarreta custos embutidos e desvantagens fiscais, como a eliminação da isenção nas vendas mensais de até R$ 35 mil em ativos digitais para pessoas físicas. Em resumo, é positivo que existam mais opções de acesso às criptomoedas, especialmente quando envolve emissores capacitados e treinados para vender corretamente o produto, expondo suas limitações e características.

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Redação

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