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Redação Redação
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O PIX foi uma revolução na forma como os brasileiros transacionam o dinheiro, reduzindo custos e trazendo agilidade. Porém, para trazer novas funcionalidades ao sistema financeiro nacional, o Banco Central do Brasil pretende implementar o Drex, a versão digital do real.

Essa moeda virtual, desenvolvida em parceria com diversas instituições, prevê ser uma extensão do dinheiro utilizado atualmente. Diversos países, incluindo China, Canadá, Coreia do Sul e França estão testando modelos de moedas digitais emitidas pelo governo.

Aprenda agora o que é o Drex, o real digital, e o que muda para as pessoas e empresas no dia-a-dia com a nova tecnologia.

O que é o Drex, o real digital?

Drex é a versão brasileira do CBDC (Central Bank Digital Currency), uma moeda digital emitida por um Banco Central. Esse é o próximo passo do dinheiro como conhecemos, aquele emitido por países e governos. 

Embora seu projeto-piloto esteja em andamento, a previsão do Banco Central Brasileiro (BCB) é que o início das operações do Drex ocorra somente no início de 2025.

No entanto, a autoridade monetária deixou claro que o Drex, a versão digital do real, irá circular em conjunto com o sistema atual, a moeda R$ como conhecemos, incluindo depósitos bancários, dinheiro em espécie e meios de pagamento.

O que é um CBDC?

O CBDC mantém os fundamentos — e problemas — da moeda fiduciária, o dinheiro emitido por países e governos. A moeda digital emitida por Bancos Centrais é livremente controlada por seu emissor, no caso, os respectivos países.

  • O emissor pode alterar regras de emissão e circulação sem necessidade de aprovação dos participantes.
  • A tecnologia exige o uso de carteiras digitais (wallets) onde só o detentor da respectiva senha consegue movimentar as moedas.
  • O CBDC faz parte da oferta monetária base do país, podendo circular junto das moedas no formato tradicional.

Em resumo, não existe uma regra única para definir o que é CBDC, inclusive no aspecto operacional e tecnológico. O Brasil, por exemplo, optou por um modelo que diferencia o instrumento voltado para operadores do sistema financeiro do dinheiro comum utilizado por pessoas e empresas.

Qual o lastro de garantia e valor de um CBDC?

O CBDC, assim como a moeda fiduciária, não possui lastro, uma garantia de valor, e tampouco existe uma obrigação de recompra dessa moeda por parte do emissor, no caso, os governos. Em resumo, as receitas de tributos e bens do Estado não atuam como reserva de garantia ou valor da moeda, e sua aceitação ocorre em função do curso forçado, sendo obrigatório seu recebimento na venda de bens, serviços e pagamento de taxas.

De forma similar, a conversibilidade entre a moeda fiduciária e outros ativos é livre, variando conforme a oferta e demanda no momento, algo que ocorre independente do dinheiro ser ou não digital. Dessa forma, podemos dizer que o dinheiro emitido por países tem sua cotação determinada pelo próprio mercado, ou seja, a cotação do real ante o dólar, ouro e demais ativos irá oscilar até encontrar um equilíbrio entre compradores e vendedores.

O que significa Drex?

Não existe um significado concreto da palavra. O Banco Central utilizou referências de Digital – Real – Eletrônico, e se inspirou no sucesso do PIX, aproveitando a última letra. A idéia era criar uma sigla que fosse facilmente lembrada e que tivesse alguma ligação com o meio de pagamento lançado em 2020. 

Por que o Drex, o real digital, está sendo criado?

O CDBC, incluindo o Drex do Banco Central, dá mais controle ao emissor, além de possibilitar a automação sem necessidade de intermediários. Isso reduz o riscos de fraudes e permite novas funcionalidades, por exemplo, um dinheiro com prazo de validade ou restrições de uso.

Abaixo temos mais alguns motivos para a criação do Drex, o real digital.

  • Prevê uma inclusão financeira de novos participantes, além dos bancos e instituições de pagamento.
  • Permite uma integração maior com demais sistemas, incluindo a internet das coisas (IoT), os dispositivos inteligentes.
  • Facilita a portabilidade de dinheiro e de ativos financeiros através de contratos programáveis (smart contracts).

Por último, o Banco Central do Brasil cita a “desintermediação bancária”, removendo a obrigatoriedade de instituições financeiras intermediando movimentações e custódia (guarda) de valores. 

Como funciona o Drex?

Uma característica marcante do Drex, o CBDC brasileiro, é uma distinção clara entre a versão voltada para o uso interbancário, e o ativo digital (token) disponível para o varejo, incluindo pessoas físicas e jurídicas.

Deve ficar claro que o Drex, tanto na versão de atacado quanto de varejo, contam com todas as garantias do Banco Central, portanto seu valor permanece idêntico ao real tradicional, sendo conversível na proporção de 1 para 1 a qualquer momento, 

Drex varejo

Os usuários comuns, sejam eles pessoas ou empresas, vão depender de intermediários financeiros para transformar o dinheiro depositado em conta corrente para sua carteira digital Drex. Da mesma maneira, o usuário pode solicitar a conversão de seu real digital na carteira Drex para um depósito em conta corrente. Em suma, o sistema funciona em paralelo ao sistema atual, contando com total conversibilidade, transparência e segurança.

Drex atacado

O Drex atacado é uma modalidade disponibilizada somente para instituições financeiras e demais membros do sistema de pagamentos. Nesse caso, não há necessidade de intermediários, e o lastro (garantia) desta emissão é custodiado pelo próprio Banco Central. Desse modo, a autoridade monetária passa a ter uma visão em tempo real de depósitos e transferências no Drex, ao contrário do sistema atual que depende da atuação dos bancos.

O que é tokenizar ativos?

Tokenizar é transformar um ativo qualquer em uma representação digital, ou seja, que só existe no meio eletrônico. Pense no ativo digital (token) como um certificado, um recibo de posse desse ativo.

  • Um token é um registro digital que representa uma ação de empresas, imóveis, direitos e royalties, entre outros. 
  • O objetivo da tokenização é trazer mais segurança e agilidade nas transações para qualquer ativo.
  • O real digital do Drex não pode ser considerado uma criptomoeda, pois suas regras de uso dependem exclusivamente da vontade do emissor.

Em suma, tokenizar é apenas uma forma de representar digitalmente um ativo. No caso do Drex, o Banco Central fica responsável por garantir que os depósitos de reais sejam suficientes para cobrir o total de moedas digitais emitidas.

O Drex é mais seguro que o dinheiro tradicional?

Os reais (R$) que hoje estão depositados em contas correntes nos bancos de varejo são de responsabilidade do próprio banco. Isso não muda com o Drex voltado para o varejo, a versão que exige a custódia por uma instituição financeira regulada. 

Em suma, a segurança do Drex é idêntica à oferecida por depósitos nas contas de bancos e Instituições de Pagamento. Dessa forma, será possível converter entre ambas as versões usando a própria instituição financeira, sem intervenção direta do Banco Central.

Exemplo prático de benefício de uso do Drex

Segundo entrevista ao jornal Valor de Fabio Araujo, responsável pelo projeto Drex do BCB, a versão voltada para o varejo permite que um veículo, ao passar por um pedágio, faça a transferência automática de sua carteira digital para a concessionária. 

Atualmente isso ocorre utilizando empresas de intermediação, porém com o Drex os dispositivos Internet das Coisas (IOT) passam a ter acesso direto aos sistemas de pagamento, trazendo ganhos de produtividade, novas formas de cobrança e maior controle para os usuários.

O Drex irá substituir a moeda atual?

Não, ao menos em sua versão inicial, o real digital deverá funcionar em paralelo com o dinheiro como conhecemos. Tudo indica que o Drex vai funcionar como um complemento do dinheiro tradicional, portanto uma eventual transição deverá ser lenta e progressiva.

Sabemos que o Drex irá manter as características da atual moeda, portanto existirá, a princípio, um real custodiado para cada real digital emitido. Desse modo, não há impacto no total de moeda em circulação.

Qual a diferença entre Drex e o PIX?

O Drex é uma representação digital da moeda convencional emitido pelos bancos, enquanto o PIX é um meio de pagamento

  • O PIX é apenas uma modalidade adicional de transferência entre bancos, além do TED, porém instantânea e 24 horas.
  • Não existe uma carteira digital (wallet) necessária para o PIX, pois a moeda circulante real R$ permanece nas instituições financeiras.

Qualquer automatização ou integração usando o PIX depende da aprovação do emissor, enquanto o real digital do Drex nasce preparado para o open banking, o acesso igualitário para os demais intermediários do sistema financeiro.

Como funciona a tecnologia do Drex?

Em março de 2023, o Banco Central do Brasil realizou uma coletiva de imprensa onde ficou definido que a tecnologia utilizada pelo DREX será a DLT, ou Tecnologia de Registro Distribuído.

Mais especificamente, o CBDC brasileiro optou pela Hyperledger Besu, uma tecnologia inspirada na estrutura de blockchain Ethereum, embora trabalhando com arquitetura fechada — ou seja, uma rede controlada por um administrador central. Esse sistema de código-fonte aberto é mantido por uma comunidade de desenvolvedores, sendo coordenado pela Linux Foundation.

O Drex utiliza a rede Ethereum?

Não, o Banco Central pretende criar sua própria rede e estrutura fechada de servidores. Desse modo, é incorreto afirmar que o Drex usa um blockchain público, o modelo aplicado pelas criptomoedas, como a Ethereum (ETH).

Entretanto, o Drex possibilita o gerenciamento de aplicações e traz compatibilidade com a arquitetura Ethereum Virtual Machine (EVM). Na prática, rotinas e implementação da rede Ethereum podem ser facilmente adaptadas para a arquitetura fechada do CBDC brasileiro.

Quais os benefícios da tecnologia DLT?

Esse sistema mescla os benefícios do banco de dados distribuído com sistemas tradicionais onde o administrador consegue criar diferentes níveis de acesso para os usuários. Isso permite um ganho de transparência, porém sem abdicar da privacidade de dados.

A maior vantagem para o usuário, independente de ser uma instituição financeira, empresa, ou pessoa física, é o dinheiro programável. Isso vai muito além do agendamento de pagamentos e parcelamento de faturas. 

Através do uso de contratos programáveis, os smart contracts, é possível estabelecer regras de uso, automatizar pagamentos e rotinas de finanças, sem depender de intermediários ou prestadores de serviços.

Como o Drex possibilita a integração de sistemas?

A arquitetura de código-fonte aberto permite o Open Finance, um processo de compartilhamento voluntário de dados financeiros utilizando mecanismos seguros. Por exemplo, uma empresa poderia liberar crédito automaticamente para seu cliente conforme seu saldo bancário em outras instituições, caso a coleta dessas informações seja autorizada pelo usuário.

Outra vantagem é a negociação 24 horas de outros ativos na forma digital, por exemplo, os Títulos do Tesouro Direto, aproveitando essa mesma infraestrutura. 

Como o MB está se envolvendo na criação do Drex?

O Mercado Bitcoin (MB) lidera um consórcio que participa do piloto do Drex, e pretende participar das três vertentes dos testes propostos pelo Banco Central: negociações de atacado, varejo e títulos do Tesouro Nacional. 

Este consórcio inclui a gigante de pagamentos, Mastercard, Cerc, empresa que atua com infraestrutura do mercado financeiro, Sinqia, provedora de soluções e tecnologias, além da corretora de valores Genial. Nesse sentido, o grupo irá testar aspectos técnicos da rede e o modelo de governança em tecnologia de banco de dados distribuído.

 “O consórcio liderado pelo MB teve participação ativa no projeto do Real Digital e sempre esteve próximo ao Bacen em suas ações ativas e inovadoras sobre o uso de tecnologia. Além disso, temos a autorização para atuar com Instituição de Pagamento (IP), que nos leva a ser regulados por eles e nos aproxima ainda mais”, afirma Fabricio Tota, Diretor de Novos Negócios do MB.

Qual a previsão de lançamento do Drex?

O cronograma do Banco Central prevê o lançamento dos serviços do DREX para a população até o início de 2025. Na primeira fase, os testes devem seguir em desenvolvimento até maio de 2024 em ambiente simulado, sem transações ou valores reais.

O projeto-piloto conta com a participação do corpo técnico do Banco Central e prevê participação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com finalidade de coordenar as discussões sobre tokenização de ativos.

O Drex é melhor que o Bitcoin?

Conforme explicado pelo próprio Banco Central, as propriedades da moeda brasileira não são alteradas pela movimentação no formato digital. Desse modo, as diferenças para o dólar, ouro e Bitcoin são mantidas.

O Banco Central continuará livre para colocar Títulos Públicos ou dinheiro novo em circulação conforme desejar, inflacionando a moeda. Na ponta oposta, o Bitcoin é um ativo digital descentralizado com regras de emissão rígidas. Resumindo, nada muda nas diferenças entre o real (R$) e o Bitcoin, independente do novo modelo de tokenização.

Viu como o Mercado Bitcoin vai muito além das criptomoedas, participando ativamente da criação do Drex? Abra sua conta agora mesmo e venha para a exchange líder no volume negociado no Brasil.

https://www.mercadobitcoin.com.br/economia-digital/investimentos/drex-real-digital/
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