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Bitcoin - BTC
R$ 325.982,00 -0.9%
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Ethereum - ETH
R$ 16.645,40 3.2%
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Chiliz - CHZ
R$ 0.58803300 -3.07%
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XRP - XRP
R$ 2,69 -0.12%
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Shiba Inu - SHIB
R$ 0.00012859 -3.29%
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USD Coin - USDC
R$ 5,14 -0.11%
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Cardano - ADA
R$ 2,39 -0.32%
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ApeCoin - APE
R$ 6,46 -5.9%
img:Solana
Solana - SOL
R$ 728,87 -0.96%
img:MANA (Decentraland)
MANA (Decentraland) - MANA
R$ 2,29 -2.1%
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Redação Redação
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Contratos inteligentes, ou smart contracts, possibilitam a automação de rotinas. Ao contrário do software comum, funcionam sem um coordenador central, ou seja, não podem ser censurados.

Além das criptomoedas, essa tecnologia está revolucionando áreas como finanças, artes, logística, redes sociais, eleições e registro de dados em geral, trazendo transparência e segurança.

Confira o que são smart contracts, como funcionam, e quais suas vantagens.

O que são smart contracts?

Os smart contracts são contratos digitais programáveis, ou seja, linhas de código de um software. Sua principal característica é a execução de maneira autônoma, sem possibilidade de intervenção ou censura.

Exemplo de smart contract escrito em Solidity.
  • Seus códigos ficam armazenados de maneira pública e transparente no banco de dados blockchain.
  • A execução dos smart contracts é feita pela rede de computadores que valida as transações de determinada rede blockchain.
  • É incorreto afirmar que existe inteligência nesses contratos, pois o código apenas segue instruções previamente determinadas.

Outra característica fundamental é que os smart contracts só interagem com registros digitais no blockchain. No entanto, existem serviços que permitem a entrada e saída de dados para outros sistemas.

Para que servem os smart contracts?

  • Smart contracts automatizam a execução das regras e cláusulas contratuais, permitindo que as partes acompanhem todo o processo. 
  • O principal diferencial é eliminar o poder nas mãos de poucas entidades, sejam elas governos, bancos, ou provedores de serviço. 
  • O apelo é tanto no aspecto operacional, quanto na custódia, o armazenamento dos valores.

Devido seu extenso potencial de uso, tem se tornado a solução para alguns impasses do cotidiano, como veremos a seguir. Todavia, não existe um mecanismo para assegurar que um smart contract seja isento de falhas.

Como surgiram os smart contracts?

Os smart contracts, ou contratos inteligentes, foram concebidos pelo criptógrafo Nick Szabo em 1994, muito antes do surgimento das criptomoedas. No entanto, naquela época, a tecnologia necessária para implementar esses contratos não estava suficientemente desenvolvida.

Nick Szabo em 2018. Fonte: BDO Slovak

Szabo propôs a ideia dos smart contracts como uma forma de estender as funcionalidades tradicionais dos contratos para o mundo digital. Ele acreditava que a execução automática de cláusulas contratuais poderia reduzir a necessidade de intermediários confiáveis em várias formas de transações. 

Na prática, a ideia de Szabo permaneceu como um conceito teórico até o surgimento e a popularização do blockchain.

Qual a relação dos smart contracts com o blockchain?

A tecnologia de banco de dados blockchain do Bitcoin (BTC) possibilitou a execução de smart contracts simples, executando funções específicas nessa rede de registro digital. Entretanto, a verdadeira revolução dos smart contracts veio com o lançamento de uma nova criptomoeda em 2015. 

A rede Ethereum (ETH) introduziu um sistema de blockchain que não se limitava apenas a registrar transações, mas também era capaz de executar códigos de programação complexos. Isso foi possível pela inclusão de uma camada de banco de dados mais sofisticada e uma linguagem de programação própria, chamada Solidity.

A união do Ethereum com os smart contracts tem impulsionado inovações em diversos setores, redefinindo como as interações contratuais ocorrem no mundo digital.

Por que os smart contracts dependem do blockchain?

A viabilidade dos smart contracts depende da segurança oferecida pela tecnologia blockchain, que tem como características:

  • Sistema inviolável para registro de dados.
  • Registros sequenciais, sendo impossível apagar ou modificar dados.
  • Informações facilmente verificáveis por qualquer pessoa, a qualquer hora, sem pedir permissão.

Existem smart contracts fora do blockchain?

Sim, os smart contracts existem fora dos blockchains públicos de criptomoedas. A tecnologia é aplicável em sistemas de registro de dados distribuídos alternativos, incluindo blockchains privados e outras tecnologias de banco de dados distribuído, como o Ripple Ledger da criptomoeda XRP.

Diferentes tipos de blockchains, do público ao privado. Fonte: Foley Lardner LLP

Um exemplo fora do universo das criptomoedas é o Hyperledger Besu, baseado na tecnologia Ethereum, porém operando como uma plataforma de blockchain privada, destinado a redes corporativas com permissões específicas.

Esse mecanismo possibilita a implementação de smart contracts em ambientes controlados, diferentemente dos blockchains públicos, onde qualquer pessoa pode participar.

Quais blockchains lideram em smart contracts?

A rede Ethereum mantém sua liderança incontestável ao inovar e estabelecer padrões na indústria, incluindo a máquina de execução virtual (EVM). No entanto, apesar de dominar em valores depositados e número de desenvolvedores, existem outras redes blockchains com tração em smart contracts.


Ethereum

Embora muitos projetos busquem superar a Ethereum, sua liderança é solidificada pelo valor depositado em seus smart contracts, bem como pelo grande número de aplicações descentralizadas e desenvolvedores. Cada aplicação na rede Ethereum contribui para o fortalecimento da criptomoeda ETH. 

Com oito anos de operação e bilhões de dólares em aplicações descentralizadas, a Ethereum se mostra um sistema robusto. A rede possui mais de U$ 60 bilhões de ETH bloqueados em staking garantindo a segurança das operações.

Solana

Solana é uma plataforma de smart contracts que rivaliza diretamente com a Ethereum e se destaca graças a uma rede de validadores de alta capacidade, o que impulsiona sua eficiência operacional. As taxas de transação na Solana são pagas na criptomoeda nativa Solana (SOL) e são até 100 vezes menores que as da Ethereum. 

A plataforma oferece uma ampla variedade de aplicações descentralizadas, como finanças descentralizadas (DeFi) e mercados de tokens não-fungíveis (NFTs), com ênfase no desenvolvimento e na otimização de aplicações para dispositivos móveis.

Cardano

Cardano é uma plataforma que suporta aplicativos descentralizados e tokens, destacando-se pela interoperabilidade com outros blockchains. A criptomoeda ADA, nativa da plataforma, remunera validadores e paga por transações. 

Cardano utiliza a linguagem de programação Haskell, que é adotada por grandes empresas, e simplifica o desenvolvimento de aplicações permitindo a criação de criptoativos sem a necessidade de programação. Apesar do desenvolvimento contínuo e de parcerias estratégicas importantes, a implementação prática do Cardano está aquém das expectativas.

Avalanche

Avalanche se destaca por seu processamento paralelo e dois mecanismos de consenso independentes, o que a diferencia do sistema tradicional de múltiplas camadas. Esta abordagem proporciona alta capacidade de processamento mantendo a segurança, amparada pela criptomoeda nativa AVAX.

O mecanismo da Avalanche combina elevado processamento com baixo custo de utilização, contando com sub-redes que se conectam à camada principal de informações sem sobrecarga. A plataforma oferece interoperabilidade direta, sem a necessidade de pontes externas, e suas sub-redes facilitam a integração segura e eficiente com outros blockchains.

Polygon

Polygon é uma solução de segunda camada que visa melhorar a escalabilidade da Ethereum, resultando em taxas menores e capacidade para projetos com muitas transações. A criptomoeda MATIC/POL é utilizada para governança da rede e pagamento de taxas.

Sua arquitetura modular inclui camadas de consenso e execução paralelas, tornando mais fácil a implementação de atualizações no código-fonte. Esta mudança aumenta a capacidade de processamento de transações em até 2.000 vezes, sem comprometer a segurança. Além disso, a Polygon oferece a “Prova de Conhecimento Zero” (Zk proofs) como uma opção adicional.

Como funcionam os smart contracts?

Os códigos de programação dos smart contracts determinam as regras, obrigações e penalidades entre as partes envolvidas no acordo — como em um contrato normal. Quando as condições combinadas são encontradas, o contrato é executado automaticamente.

Ainda confuso? Veja um exemplo prático de como um smart contract funciona:

Exemplo de negociação utilizando smart contracts. Fonte: Blockgeeks
  • Duas partes decidem realizar uma negociação, por exemplo, de um ativo digital colecionável único, o token não-fungível (NFT).
  • Os computadores participantes do processamento de registros no blockchain (nós, ou nodes) avaliam as transações.
  • As regras contidas no contrato podem incluir, por exemplo, o depósito de criptomoedas USD Coin (USDC) em determinado endereço.

Deste modo, ocorre a transferência automática do NFT do vendedor para o comprador.

Aplicações práticas dos smart contracts

Os smart contracts deram início ao universo dos aplicativos descentralizados (dApps), que permitem transações e interações sem a necessidade de uma conta bancária tradicional ou processos de identificação. Esta abordagem descentralizada e baseada em blockchain tem impulsionado uma variedade de aplicações práticas.

Ativos digitais (tokens)

Essa tecnologia facilita a emissão de novas criptomoedas, que agem como moeda dentro de seus respectivos ecossistemas, mas também oferecem acesso exclusivo a produtos e serviços. Por exemplo, um token de utilidade pode ser utilizado para votar em decisões importantes em uma plataforma ou para acessar recursos exclusivos.

Empréstimos colateralizados

Os smart contracts desempenham um papel crucial nas plataformas de empréstimos colateralizados. Neste modelo, os usuários podem emprestar ou pedir emprestado ativos digitais, usando outros ativos como garantia. Os smart contracts garantem que as condições do empréstimo sejam cumpridas automaticamente, reduzindo o risco e a necessidade de intermediários.

Centrais de negociação: DEX e marketplaces

No mundo das criptomoedas, as exchanges descentralizadas (DEX) e os marketplaces de NFTs são amplamente baseados em smart contracts. as DEX, os smart contracts possibilitam a troca de ativos digitais de forma segura e transparente, sem a necessidade de uma autoridade central. Nos marketplaces de NFTs, os smart contracts asseguram a autenticidade e a propriedade exclusiva dos itens digitais, facilitando a compra e venda.

Seguros e ativos sintéticos

No setor de seguros, os smart contracts possibilitam a automatização de reivindicações e pagamentos, tornando o processo mais eficiente e menos suscetível a fraudes. Além disso, eles permitem a criação de ativos sintéticos, que replicam o valor de ativos do mundo real no ambiente digital, proporcionando novas oportunidades de investimento e especulação.

Cripto-games

Tela do cripto-game Gods Unchained. Fonte: FileHorse

Os jogos baseados em blockchain, ou cripto-games, são outra aplicação inovadora dos smart contracts. Eles permitem a criação de itens de jogo únicos, como skins, personagens ou equipamentos, que podem ser negociados como NFTs. Isso adiciona uma camada de valor e propriedade real aos itens de jogo, transformando a maneira como os jogadores interagem com os jogos online.

Em suma, existe uma infinidade de aplicações que se beneficiam das qualidades dos smart contracts, pois o mecanismo traz segurança e transparência para as partes envolvidas.

Smart contracts na Renda Fixa Digital

A Renda Fixa Digital é um investimento que oferece a possibilidade de retorno previsível, apresentando-se na forma de um ativo digital (token) emitido no blockchain, utilizando o padrão ERC-20, o que proporciona total transparência ao usuário. Na lâmina de cada lançamento de Renda Fixa Digital do MB você encontra o endereço do respectivo smart contract, cujas informações podem ser acessadas por qualquer explorador de blocos.

Como usar um smart contract, na prática?

Para usar um smart contract é preciso interagir com as aplicações descentralizadas. Para utilizar um aplicativo descentralizado, é necessário possuir uma carteira (wallet) de criptomoedas.

Acompanhe abaixo o passo-a-passo: 

  1. Escolha o aplicativo descentralizado que quer usar; no exemplo abaixo mostraremos a Uniswap, uma exchange descentralizada (DEX).
  2. Transfira quantidade suficiente da moeda nativa da rede para sua carteira; esse valor será necessário para pagar as taxas de transação.
  3. Para acessar a Uniswap, visite o site https://app.uniswap.org e clique em “conectar à carteira” no canto superior direito.
Tela de acesso do DApp Uniswap.
  1. Após confirmar a conexão em seu aplicativo de carteira digital, você estará pronto para utilizar a DEX Uniswap.

Você pode utilizar a Uniswap nas redes Ethereum, Polygon, Optimism e Arbitrum.

Quais as vantagens dos smart contracts?

A maior vantagem da descentralização é eliminar o poder de poucas entidades, sejam elas governos, bancos, ou provedores de serviço. Em outras palavras, o apelo abrange tanto a operacionalidade quanto a custódia, ou seja, o armazenamento dos ativos. Como você já deve ter notado, os contratos inteligentes oferecem uma série de vantagens.

  • Redução de custos: manter os contratos físicos requer um espaço maior de armazenamento, mão de obra para cuidar da área, custos de impressão, entre outros.
  • Segurança: os contratos digitais programáveis usam o blockchain, evitando fraudes e modificação dos conteúdos.
  • Transparência: pode ser acessado, verificado e revisado a qualquer momento, praticamente sem custo.
  • Velocidade: sua execução é quase instantânea e acontece logo após o cumprimento das cláusulas estabelecidas.

O smart contract é a oportunidade que faltava para melhorar sistemas que estão atualmente sujeitos a falhas humanas e problemas de execução.

Quais os riscos dos smart contracts?

Cabe aos interessados verificar se existem brechas, falhas, ou eventuais manipulações externas capazes de trazer prejuízos aos participantes. De maneira geral, os riscos e problemas dos contratos inteligentes incluem:

  • Falhas no desenvolvimento do projeto ou código-fonte.
  • Congestão na rede atrasando o envio de ordens.
  • Sequência de blocos invalidados na rede blockchain.
  • Atraso ou falha na comunicação com oráculos para dados externos.

Mesmo que existam empresas especializadas de auditoria, a interação entre diferentes sistemas e o próprio mecanismo de validação das transações de cada blockchain oferecem diferentes vetores de risco que dificilmente podem ser prevenidos de forma 100% eficaz.

Onde verificar um código de smart contract?

Os smart contracts usam o blockchain para registrar dados. Para verificá-lo, basta acessar o explorador de blocos (explorer) da rede em questão. Abaixo, iremos verificar, por exemplo, o código de um smart contract presente na rede Polygon.

  1. Acesse o Polygon Scan: https://polygonscan.com/
  2. Digite o código do contrato a ser verificado e clique no ícone da lupa, no lado direito. No exemplo abaixo utilizamos o metaverso The Sandbox, no endereço 0xBbba073C31bF03b8ACf7c28EF0738DeCF3695683.
  3. Pronto! Você conseguirá ver todas as informações contidas no smart contract.
Código do smart contract principal de The Sandbox. Fonte: Polygonscan.

Como os smart contracts podem ser usados nos negócios?

Engana-se quem acredita que os smart contracts só realizam tarefas no mundo digital. Através dos oráculos, é possível enviar e receber dados externos. A seguir, listamos alguns desses modelos de uso.

  • Logística e suprimentos: em uma discussão de atraso em entregas, o smart contract poderá ser consultado para eliminar dúvidas.
  • Comércio e serviços: podem ser usados para distribuir as informações de compras e transações entre fornecedores e clientes.
  • Indústria: informações sobre manutenções e uso; empresas de seguro podem cobrar apólices conforme o histórico de cada cliente.
  • Uso eleitoral: resultados das votações são registrados e distribuídos entre os usuários da rede, tornando impossível alterar ou fraudar votos.

Em resumo, a tecnologia blockchain possibilita novas formas de interação e negociação através dos smart contracts. Tudo isso de forma transparente, segura e eficiente.
Ficou claro o que são e como funcionam os smart contracts? Aproveite para investir na Renda Fixa Digital do MB e diversificar sua carteira com ativos rentáveis e seguros.